Blog do China

Espaço para prática da disciplina de Webjornalismo
UFMT- Campus do Araguaia
( atualizado semanalmente )

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Match Point

O telefonema do supervisor Benedito Crispe para as integrantes da equipe do Osasco/Finasa na noite da última segunda-feira, significou não somente o fim de uma história de 20 anos de Superliga de Vôlei feminino, mas um abalo na estrutura de atletas que tão bem representaram e representam nosso país no cenário mundial. Carol Albuquerque, Sassá, Thaísa e Paula Pequeno são as mais novas "famosas desempregadas" do esporte nacional.
A decisão de extinguir a categoria principal da Superliga teria partido da diretoria, descontente com mais uma derrota da equipe para o Rio de Janeiro, do treinador Bernardinho.
Como contra-medida, a direção do Osaco declarou que manterá as categorias de base.
" Isso não adianta, já que elas vão embora quando crescerem", desabafou a levantadora gaúcha Carol Albuquerque, afirmando, ainda, se tratar de uma grande contradição a atitude da diretoria da equipe paulista.
O técnico Zé Roberto, da seleção brasileira, demonstrou preocupação com o destino das jogadoras, já que em recente lista de convocação para o torneio de Montreaux, na França, 07 das 18 jogadoras relacionadas, são do Osasco/Finasa:
- Essa era a melhor estrutura que já existiu no Brasil. Fico amargurado. Perde o vôlei como um todo, perde a seleção brasileira.
O Osasco/Finasa foi tricampeão da Superliga e participou das últimas oito finais do torneio.
Decisões como estas, em época de visita do COI ( Comitê Olímpico Internacional ), vêm de encontro aos esforços empreendidos em transmitir uma boa impressão da situação do esporte nacional e coloca em "xeque" a nossa capacidade de sediar um evento esportivo de tamanha importância. Com a palavra a diretoria do Osasco/Finasa.


Por Adilson Chin@. ( 1º semestre de Comunicação Social - Jornalismo- UFMT).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

No caminho tinha uma pedra...


Aqui cabe um poema de Carlos Drummond de Andrade : " No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha um pedra no meio do caminho...".
A "pedra", esse pedaço de rocha inerte e insensível, muda com o passar dos anos, mas somente em consequência de fatores externos. Fatores estes que podem ser brandos e demorados ou intensos e rápidos, não dando chance de auto-defesa.
A "pedra" é peça fundamental na edificação, na sustentação e no fortalecimento de qualquer estrutura, portanto, a "pedra" necessita acordar e começar a agir em prol daqueles que a elegeram para governar, administrar e fomentar a socidade de ações básicas, a começar, por exemplo, no tapamento dos buracos que dão acesso às instiuições de ensino federal, em Pontal do Araguaia e Barra do Garças.
A "pedra" foi citada até por Jesus em duas situações: na primeira, pediu que "atirasse" a primeira aquele que nunca tivesse pecado. Na segunda, declarou ao discípulo Pedro que ele seria a pedra que edificaria a sua Igreja.
Dois exemplos da importância dela nos fatos e acontecimentos do homem.

É hora de agir. É hora de exigir. Mas sobretudo, também, é hora de refletir em quem votamos e para quê votamos.


Vamos, tome uma atitude ! Ou vai ficar aí parado feito uma "pedra" ?



Por Adilson Chin@. ( 1º semestre de Comunicação Social - Jornalismo ).


domingo, 5 de abril de 2009

ESPORTE: mais que ESPETACULAR

A equipe da Globo, composta pelo repórter Régis Rösing, pelo produtor Rafael Pirrho e pelo cinegrafista Lafayette Dias, nos brindaram com uma reportagem no programa ESPORTE ESPETACULAR sobre Ruanda, onde acompanharam uma partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo entre a seleção daquele país e da Argélia.
Mas a maior partida foi disputada há quinze anos atrás quando os hutus assasinaram, covardemente, mais de 800 mil tutsis ( esta história foi contada até mesmo pelo cinema, no filme Hotel Ruanda- distribuido pela Imagem Films ).
Cenas Dantescas do genocídio e o testemunho de sobreviventes, nos deram a exata dimensão de até onde o homem pode chegar.
Entretanto, em meio a tantas histórias de tristeza e perdas, um fator foi determinante para unir essas duas etnias: o esporte. E não somente como meio de atividade física, mas também de resgate e respeito. Vai muito mais além do que podemos imaginar. É como um pedido "implícito" de perdão e um grito de "basta".
Ver hutus e tutsis unidos, defendendo a mesma seleção, me fez lembrar de uma frase de Richard de Vos: " Poucas coisas no mundo são mais poderosas que um impulso positivo - um sorriso. Um mundo de otimismo e esperança, um 'você consegue' quando as coisas estão difíceis."
E o sorriso naqueles rostos, misturado a cenas de um país que se reconstroe e crianças que brincam com uma bola costurada com couro e panos, me deu a exata dimensão da importância do esporte como um momento mágico, onde diferenças são esquecidas e o que vale é ser igual, não apenas pela cor da pele ou pelo uniforme,mas, sobretudo, pela vontade comum em vencer a um inimigo que vai muito além do adversário: a "intolerância".

Por Adilson "China".