Mas a maior partida foi disputada há quinze anos atrás quando os hutus assasinaram, covardemente, mais de 800 mil tutsis ( esta história foi contada até mesmo pelo cinema, no filme Hotel Ruanda- distribuido pela Imagem Films ).
Cenas Dantescas do genocídio e o testemunho de sobreviventes, nos deram a exata dimensão de até onde o homem pode chegar.
Entretanto, em meio a tantas histórias de tristeza e perdas, um fator foi determinante para unir essas duas etnias: o esporte. E não somente como meio de atividade física, mas também de resgate e respeito. Vai muito mais além do que podemos imaginar. É como um pedido "implícito" de perdão e um grito de "basta".
Ver hutus e tutsis unidos, defendendo a mesma seleção, me fez lembrar de uma frase de Richard de Vos: " Poucas coisas no mundo são mais poderosas que um impulso positivo - um sorriso. Um mundo de otimismo e esperança, um 'você consegue' quando as coisas estão difíceis."
E o sorriso naqueles rostos, misturado a cenas de um país que se reconstroe e crianças que brincam com uma bola costurada com couro e panos, me deu a exata dimensão da importância do esporte como um momento mágico, onde diferenças são esquecidas e o que vale é ser igual, não apenas pela cor da pele ou pelo uniforme,mas, sobretudo, pela vontade comum em vencer a um inimigo que vai muito além do adversário: a "intolerância".
Por Adilson "China".
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