Blog do China

Espaço para prática da disciplina de Webjornalismo
UFMT- Campus do Araguaia
( atualizado semanalmente )

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Professores Universitários não apoiam candidatura de Serra.

O Conversa Afiada publica Manifesto de professores universitários de todo País.
Antes, veja como Serra trata professor: a tapa.

Manifesto em Defesa da Educação Pública

Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.

Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.

No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mais uma boa análise das inverdades do Sr. José Serra

12 mentiras em 12 minutos
Mentiras e meias-verdades
Por Cláudio Gonzalez no Vermelhohttp://www.vermelho.org.br

A íntegra da entrevista de Serra, assim como a de Dilma e Marina, estão facilmente disponíveis na internet. Não é preciso detalhar o que o entrevistado disse ou como disse. Mas é imprescindível apontar as contradições e inverdades contidas em suas declarações. Até por que, são declarações recorrentes, argumentos que o tucano tem utilizado com frequência e, que se não forem devidamente combatidos e esclarecidos, podem atravessar toda a campanha eleitoral travestidos de verdade.

Numa rápida análise da entrevista de 12 minutos ao Jornal Nacional, podemos detectar pelo menos 12 questões levantadas por Serra que não correspondem à realidade. Especialistas em cada assunto poderão encontrar várias outras. Abaixo, um resumo das “mentiras por minuto” que Serra contou aos telespectadores do telejornal de maior audiência da televisão brasileira.

1. Fiz os genéricos...
Parece uma constante na biografia de José Serra a sua pretensão de autoria sobre programas que ele não criou, apenas regulamentou. A história da legislação dos genéricos no Brasil inicia-se pelo então deputado federal Eduardo Jorge, em 1991, quando apresentou o Projeto de Lei 2.022, que planejava remover marcas comerciais dos medicamentos. Em 1993, foi publicado pelo então presidente Itamar Franco, que tinha como ministro da Saúde Jamil Haddad, o Decreto nº 793, que instituiu a política de medicamentos genéricos. Portanto, quando Serra assumiu o Ministério da Saúde, no governo FHC, o programa de medicamentos genéricos já era uma realidade. Serra e FHC apenas revogaram o decreto anterior na íntegra e fizeram uma lei (9.787/99) e um novo decreto (3.181/1999) com muitas concessões ao lobby da indústria farmacêutica.

2. Fiz a campanha da Aids...
O mesmo embuste dos genéricos, Serra aplica em relação ao programa de combate à Aids. Na verdade, o tucano, por uma estratégia de marketing, assume como se fosse dele um programa que é anterior à sua gestão no Ministério. Saiba mais aqui


3. A saúde, nos últimos anos, não andou bem
Serra tenta generalizar para não reconhecer que a situação hoje é melhor que no governo passado. A saúde continua com problemas, é óbvio, sobretudo no atendimento de urgência e emergência de hospitais do país. Mas nos últimos anos, houve melhoras significativas em quase todas as demais áreas da saúde. No governo Lula diminuiu sensivelmente a mortalidade materna e a mortalidade infantil. O Brasil está entre os 16 países em condições de atingir a quarta meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio nestas questões. O governo Lula instalou e ampliou programas importantíssimos que não existiam ou estavam subutilizados na gestão de Serra ministro, como o Farmácia Popular, Brasil Sorridente, Saúde da Família -- o financiamento do programa foi triplicado entre 2002 e 2008, passando de R$1,3 bilhão para R$ 4,4 bilhões--, Samu 192 –ao qual SP se nega a aderir até hoje—, PAC da Saúde, UPA 24h, Olhar Brasil, Doação de Órgãos, Bancos de Leite Humano, QualiSUS (fortalecimento do SUS, que os tucanos boicotam), mais investimentos na Política de Saúde Mental, etc. Todo este avanço ocorreu mesmo com o fato da oposição, incluindo o DEM e o PSDB, ter votado pelo fim da CPMF, que destinava recursos para a saúde. Também é preciso frisar que nem todas as ações dependem da União. Governos estaduais e municípios têm ampla participação na gestão da saúde. Serra também não conseguiu resolver os problemas na saúde pública de São Paulo quando foi prefeito, nem quando foi governador.

4. Muita prevenção que se fazia acabou ficando para trás
Mentira pura de Serra. O governo federal manteve e ampliou todas as campanhas de vacinação existentes e ainda incluiu novas vacinas no calendário oficial. Desde 2004, o Ministério da Saúde adota três calendários obrigatórios de vacinação: o da criança, o do adolescente e o do adulto e idoso. O programa de prevenção às endemias funciona bem, ao contrário do que acontecia no governo Fernando Henrique. Quando Serra ainda era ministro da Saúde, o Brasil sofreu com uma terrível epidemia de dengue, ao ponto do tucano ter sido apelidado de “ministro da dengue”.

5. O Roberto Jefferson conhece muito bem o meu programa de governo
Nem Roberto Jefferson nem nenhum outro aliado do tucano conhece o “programa de governo” de Serra porque ele simplesmente não existe. Quando foi entregar o seu “programa” no TRE, a campanha tucana protocolou a transcrição de dois discursos de Serra, e disse que aquilo era o programa de governo da candidatura. Além disso, Roberto Jefferson aliou-se a Serra não por que comunga com o tucano ideias programáticas. Pelo contrário: Jefferson criticou duramente Serra quando o tucano deu declarações contra o “mercado”. O apoio do PTB a Serra tem um único objetivo: facilitar a eleição de deputados da legenda nas coligações regionais.

6. Eu não faço loteamentos de cargos
Serra vem repetindo esta lorota em várias ocasiões. Mas o fato é que quase todas as instituições, estatais e órgãos públicos do governo de São Paulo são chefiados por correligionários ou pessoas indicadas pelos líderes de partidos que governam o estado. As sub-prefeituras da cidade de S. Paulo, tanto na gestão Serra quanto na gestão Kassab, foram e são comandadas por apadrinhados políticos. Aliados de Serra, como o presidente do PPS, Roberto Freire, mesmo não tendo nenhum vínculo com SP, foram nomeados para conselhos de estatais paulistas. O neo-aliado Orestes Quércia (PMDB) já fez diversas indicações para cargos de confiança em SP na atual gestão demo-tucana. Prefeitos de partidos que lhe fazem oposição dizem que Serra governa com mapa político nas mãos e com ele no governo os adversários passam a pão e água. Verbas, convênios e obras só para seus aliados. Ao insistir nesta afirmação de que “não faz loteamento”, o tucano menospreza a inteligência do eleitor e provoca riso –e talvez alguma preocupação-- entre seus aliados, que sabem que alianças são feitas apenas se as forças políticas participantes puderem compartilhar a administração pública do mandatário que ajudaram a eleger.

7. Eu não sou centralizador
Quem desmente o candidato são seus próprios correligionários. As seções de bastidores de política dos principais jornais do país trazem toda semana a reclamação de algum aliado de Serra que protesta contra o modo centralizador como o candidato conduz a campanha. Chegaram a dizer que enquanto a campanha de Dilma é conduzida por um G7, a de Serra é conduzida por um G1, grupo formado por ele mesmo.

8. O Índio da Costa estava entre os nomes que a gente cogitava
Não há nenhum analista político no país que tenha coragem de confirmar esta afirmação de Serra. Simplesmente porque ela é uma mentira deslavada. O nome de Índio da Costa só surgiu aos 45 minutos do segundo tempo, depois que uma dezena de outros nomes já tinham sido descartados e uma crise grave estava instalada na campanha. O próprio Serra disse que não conhecia direito o vice escolhido pelo DEM.

9. Meu vice é jovem, ficha limpa, preparado
Em primeiro lugar, aos 40 anos a pessoa já não é tão jovem assim. Tanto que o deputado do DEM nunca se interessou por projetos ligados à juventude. Mas quanto a isso, sem problemas. O problema é dizer que Índio da Costa é “ficha limpa”. A verdade é que a “ficha” do apadrinhado de Cesar Maia tem algumas manchas bem encardidas. Ele foi um dos alvos da CPI na Câmara dos Vereadores do Rio que investigou superfaturamento e má-qualidade nos alimentos comprados para a merenda escolar, quando ainda era vereador. Além disso, o deputado demista foi sim um dos que relataram o Projeto Ficha Limpa no início, mas o relatório fundamental foi do deputado do PT-SP José Eduardo Cardozo. Quando os tucanos tentam colocar na conta de Índio da Costa a aprovação do projeto Ficha Limpa apelam para o mesmo engodo que Serra aplica quando se diz o criador da Lei dos Genéricos. E, por fim, sobre o adjetivo “preparado”, basta lembrar as trapalhadas e constrangimentos que Índio da Costa causou à campanha tucana logo no início para saber que é um elogio descabido.

10. Nunca o Brasil teve estradas tão ruins
Mais uma vez Serra generaliza para tentar esconder as melhorias ocorridas nos últimos anos. Esta frase de Serra poderia caber durante o governo Fernando Henrique que investiu quase nada em estradas. O governo Lula não só aumentou os investimentos, como promoveu a concessão de algumas rodovias federais que agora recebem melhorias sem que para isso os usuários tenham que pagar elevadas tarifas de pedágio. O canal de notícias T1 (http://www.agenciat1.com.br ) especializado em transportes, desmente o discurso tucano e fornece enorme quantidade de dados e informações que mostram que as rodovias federais melhoraram e não pioraram nos últimos anos.

11. A Fernão Dias está fechada
Serra deveria avisar isso aos milhares de motoristas que trafegavam pela Fernão Dias no exato instante em que o tucano dizia tal mentira. Serra fez a firmação como se a rodovia estivesse totalmente indisponível para o tráfego. O fato é que apenas um pequeno trecho, na região de Mairiporã, da rodovia que liga São Paulo a Minas Gerais está em obras.

12. A Regis Bittencourt continua sendo a rodovia da morte
A Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, foi incluída, em 2008, no plano federal de concessões. Desde então, foram feitas diversas melhorias na via. Os 402 quilômetros da rodovia receberam melhorias no asfalto, nova sinalização, muretas de proteção e serviço de atendimento ao motorista. É fato que os R$ 302 milhões investidos até agora não foram suficientes para acabar com a má fama da Régis, mas foi o governo Lula o primeiro a tomar a iniciativa de melhorar a estrada. No governo FHC, nada foi feito e, apesar da maior parte da rodovia estar em território paulista, os sucessivos governos tucanos em SP nunca propuseram parcerias com o governo federal e/ou municípios para ajudar na conservação da BR.

Serra ainda pretendia contar uma 13a. lorota: a de que vai governar para os pobres e não para os ricos, mas não deu tempo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dilma garante salário mínimo maior do que o prometido por Serra


 Do blog: www.aureliojornalismo.blogspot.com




O título acima reproduz fielmente a verdade dos fatos.

Serra promete em sua campanha criar um salário mínimo de R$ 600 em janeiro de 2011. E só. Não há projeto para recuperar o poder de compra do mínimo ao longo dos anos seguintes.

A partir de 2012, a julgar pela promessa genérica do Serra, pode até nem haver aumento. Isso não seria surpresa, pois quando Serra era ministro de Planejamento e Orçamento, no governo FHC, o mínimo ficou sem aumento (como poderemos ver adiante). O governo dele afirmava que se o salário mínimo crescesse, a inflação iria disparar.

Já Dilma prometeu, na TV e diante de grandes platéias, compostas inclusive por líderes sindicais de todas as correntes políticas e categorias profissionais, que vai manter o compromisso com a atual política de valorização permanente do salário mínimo, que foi elaborada em conjunto pelas centrais sindicais e pelo governo Lula.

Essa política está garantindo o maior poder de compra do salário mínimo nos últimos 25 anos. Não há dúvida, todos sentem que o mínimo melhorou bastante nos últimos tempos.

E essa mesma política garante aumentos para o salário mínimo e para 70% das aposentadorias até 2023. Repare: não é uma promessa pontual, é um projeto de longo prazo. Quando 2023 chegar, o acordo prevê a formulação de uma nova sistemática de valorização do mínimo, se a mudança for necessária, ou a manutenção das regras atuais.

Através da política em vigor, o salário mínimo é reajustado todo o ano de acordo com a soma da inflação do ano (INPC) e do último PIB. Ou seja, todo ano está garantida a reposição da inflação mais o repasse do crescimento percentual mais recente da economia brasileira. A soma vai dar aumento real (acima da inflação) para o mínimo sempre que a economia do país crescer.

Confira a fórmula:

Inflação dos últimos 12 meses + crescimento do PIB = aumento do mínimo

Não havia antes um projeto de longo prazo que previsse recuperação do poder de compra do salário mínimo. Quem ganhava o mínimo ficava na dependência da vontade e do humor do presidente e seus ministros e era vítima da demagogia de muitos deputados e senadores, que prometiam valores altos que acabavam esquecidos.

Serra não deu aumento no governo FHC

Em 1996, por exemplo, o governo FHC não deu aumento real nenhum para o salário mínimo, ao contrário, o valor foi corroído pela inflação e diminuiu (-5,26%). Notem: o Plano Real já estava funcionando nessa época e José Serra era ministro de Planejamento e Orçamento (grifo nosso).

Em 1997, o mesmo desprezo do governo FHC fez o mínimo cair de novo (-0,99).

Em 1999, o aumento real (acima da inflação) foi pífio: 0,71%. Serra era ministro da Saúde daquele governo que arrochava o salário mínimo.

Esses dados econômicos são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

Agora é diferente

Agora é diferente. Os trabalhadores que ganham o mínimo têm incorporado em seu salário o crescimento do País, que eles ajudaram a construir.

Pela fórmula atual (inflação + crescimento do PIB), o salário mínimo iria para R$ 535,91 em janeiro de 2011.

Em janeiro de 2012, levando-se em consideração que a inflação seja a mesma deste ano (4,5%) e que as projeções de crescimento econômico em 2010 (7,3%) se confirmem, o mínimo chegará a R$ 601.

E aos aumentos continuarão seguindo a mesma lógica nos anos seguintes, segundo compromisso assumido por Dilma.

Aumento real em 2011

Mas os aumentos em 2011 e 2012 podem ser ainda maiores, pois o governo Lula se comprometeu a negociar uma melhora para os valores do ano que vem, junto com as centrais.

Com essa nova negociação, vamos superar um obstáculo surgido surgido em 2009, quando, por causa dos efeitos da crise financeira internacional, a economia brasileira não cresceu em relação a 2008, e sim registrou uma pequena queda (-0,2%). Queda realmente pequena, se comparada ao que aconteceu com outros países.

Mesmo assim, por causa dessa queda, o mínimo não teria aumento real em 2011. Mas o governo Lula se compromete a negociar aumento, apesar da queda do PIB no ano passado.

As centrais reivindicam R$ 560 para 2011.

Se for esse o aumento, o mínimo em 2012 será de aproximadamente R$ 627,92.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Serra e aborto: dois pesos e duas medidas.

     A questão do aborto tem sido a principal discussão que envolve os candidatos à presidência da República. Entretanto, a bancada tucana aponta, a todo momento, o dedo em direção ao PT, afirmando que o partido defende essa legalização. A reportagem do G1 traz matéria especial onde demonstra que os tucanos não são tão "santinhos" como tentam se mostrar. Aliás, foi no governo de FHC e Serra que a questão foi polemizada e o Governo e o então ministro da Saúde, José Serra, demonstraram-se favoráveis à prática. O debate iniciado no Legislativo culminou na assinatura pelo então ministro da Saúde, José Serra, em novembro de 1998, da norma técnica “Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes”, que trata dos procedimentos para realização do aborto legal no Sistema Único de Saúde(SUS).
 

sábado, 16 de outubro de 2010

Igreja católica é cabo eleitoral de tucano.

     Uma diocese de Guarulhos, interior de São Paulo, encomendou cerca de 2,1 milhões de panfletos que fazem campanha política contra a candidata do PT, Dilma Rousseff. O Partido dos Trabalhadores registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil que se deslocou até à Gráfica no bairro do Cambuci e efetuou a apreensão do material.
   Nos últimos dias, a estratégia tucana de apelo religioso vem se mostrando a principal arma para tentativa de virada no segundo turno, onde enfatiza a posição da candidata Dilma Rousseff de ser favorável ao aborto.
     Dilma negou ser a favor de tal prática.
   Agora, evidencia-se a tentativa de manipulação do voto  pelo uso da fé, feita pela igreja católica. Líderes esforçam-se para arrebanhar (ou arrecadar) votos dizendo o que eles "acham" certo para suas vidas. Certo seria colocar na cadeia centenas de sacerdotes pedófilos e homossexuais que engrossam os boletins da polícia e noticiário de televisão. Acusações baseadas em suposições são bem diferentes de fatos deploráveis que mancham o nome e os corredores de inúmeras igrejas, conventos e espaços que deveriam servir apenas para apoio espiritual e não eleitoreiro.
   Vale ressaltar que a própria Conferência Nacional do Bispos do Brasil ( CNBB ) diz nada saber a respeito do assunto, nem tampouco responsável.
   Será que agora vale a máxima do "eu não sei e não vi nada", já que os acusados são líderes religiosos católicos? A mesma situação não foi aceita quando se tratou de acusações envolvendo o presidente Lula e a candidata e ex-ministra Dilma Rousseff.


    " Fácil é ser pedra, difícil é ser vidraça " ( Provérbio chinês ).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lula diz que também foi alvo de mentiras e calúnias.

Sem citar o nome da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso nesta quinta-feira (14), em Teresina (PI), em que associou fatos que disse já ter passado em campanhas presidenciais anteriores com a campanha atual.
"Se contou muita mentira a meu respeito. Ou seja, eu tinha barba e, por isso, era comunista. Pessoas mentirosas que diziam isso não tinham coragem de dizer que Jesus Cristo também tinha barba comprida", disse o presidente.

"A quantidade de vezes que tive que responder sobre aborto, sobre coisas que não eram de responsabilidade da Presidência. As pessoas que são contra ficam jogando casca de banana para ver se a gente pisa e cai. Diziam que eu ia fechar igreja evangélica, que ia fazer isso ou aquilo, que não ia cuidar dos pobres."
Lula participou da solenidade de ampliação do campus Teresina-Central, do Instituto Federal de Educação, onde também assinou ordem de serviço para construção e pavimentação das BRs 235 e 020.
Em seu discurso, Lula disse que vai "passar o bastão" ao deixar a Presidência, mas que o bastão tem que ficar com pessoas que "não querem voltar ao passado do descaso, do desemprego". "Não queremos ser tratados como cachorros", disse.
Lula disse que a palavra correta para o termo governar deveria ser "cuidar", "como uma mãe cuida de seus filhos".

O presidente citou Deus três vezes durante seu discurso e fez sinal da cruz uma vez no final, ao citar que Deus escreve certo por linhas tortas, ao falar sobre a derrota de dois adversários políticos no Piauí, que, segundo ele, ajudaram a derrubar a CPMF. O presidente se referiu a Heráclito Forte (DEM) e Mão Santa (PSC), que perderam a disputa para o Senado.
Durante a solenidade, Lula pediu aos participantes que gritavam o nome de Dilma que "maneirassem". Ele disse que a solenidade era um ato oficial. "Portanto, vocês baixem o fogo aí. Parem de gritar, porque [a candidata] não pode estar presente aqui."


FÁBIO GUIBU- Folha.com
ENVIADO ESPECIAL A TERESINA- 

Fim do tormento no Chile

   "Uma explosão de alegria". Assim podemos definir o fim do resgate dos 33 mineiros que encontravam-se soterrados em uma mina no Chile há mais de 2 meses. Foram mais de 22 horas de subidas e descidas da cápsula denominada "Fênix". O topógrafo Luiz Urzúa foi o último dos mineiros a ser resgatado.

sábado, 9 de outubro de 2010

Os "caveiras" estão de volta.

    Uma superprodução do cinema brasileiro. É assim que algumas pessoas estão descrevendo a continuação do sucesso de público e crítica que conta a história do Capitão Nascimento ( Wagner Moura ) e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Se no primeiro filme Capitão Nascimento subia os morros para enfrentar bandidos fortemente armados, o desafio agora é outro: ao invés da farda preta, Nascimento veste terno e gravata e seus inimigos se escondem em gabinetes e agem de forma dissimulada.
     A produção que estreou nesta sexta, 08, contou com a participação da equipe de produção de outro grande sucesso de bilheteria americano:Falcão negro em perigo” (2001).

Mineiros soterrados podem ser içados ainda hoje


Uma das perfuradoras chegou na manhã deste sábado (9) ao local em que 33 trabalhadores estão presos em uma mina de cobre no deserto do Atacama, no norte do Chile.
A perfuradora T-130, do plano B de resgate, atingiu o local em que os mineiros estão presos às 8h05 locais (9h05 de Brasília), na Mina San José, próximo à cidade chilena de Copiapó, segundo o ministro de Mineração, Laurence Golborne
by Giovana Sanchez
Do G1, na Mina San José 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tudo definido no MT: Silval é reeleito em 1º turno.

O atual governador do estado do Mato Grosso, Silval Barbosa ( PMDB), foi reeleito, em 1º turno, com 51,2% de aceitação popular. Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT) conquistaram a vaga para o Senado. Para a Câmara Federal, Wellington Fagundes e Homero Pereira (PR) foram os mais votados e para a Assembléia Legislativa, José Riva (PP) e Sérgio Ricardo (PR) obtiveram maior aceitação.
Aproximadamente 2 milhões de eleitores compareceram às urnas. O número de abstenções superou os 20%.

domingo, 3 de outubro de 2010

Vem aí o 2º Round...

Após pouco mais de quatro horas do início das apurações das eleições 2010, os índices apontaram a disputa de 2º turno entre os candidatos do PT, Dilma Roussef e do PSDB, José Serra, para a Presidência da República. As atenções e disputa voltam-se, agora, para os votos da candidata da "onda verde", Marina Silva, que contrariou todos as pesquisas feitas anteriormente à eleição, alcançando aproximadamente 20% da preferência popular.
Os candidatos à vaga no Palácio do Planalto demonstraram, no primeiro turno, respeito mútuo e apresentaram propostas que dividiram a população: por uma lado, a candidata que representa a continuação do atual Presidente Lula que foi avaliado com aproximadamente 80% de aceitação popular, mas que traz a desvantagem da pouca experiência na vida política. Por outro, o candidato tucano, ex-governador do mais importante estado da Federação e que tem como desvantagem a sombra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que antecedeu o atual Governo.
Um fator importante a ser observado é que nos estados em que Dilma atuou como secretária e onde nasceu, respectivamente, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, venceu. Já, José Serra, no estado que governou, ganhou por diferença mínima de votos. No total, Dilma saiu vencedora  em 17 estados, José Serra em 08 e Marina conquistou o eleitorado do Distrito Federal.

sábado, 2 de outubro de 2010

Matemática de Cingapura: importada e efetiva.

Por: Winnie Hu
Franklin Lakes, Nova Jersey (EUA)

The New York Times.
Foto: Angel Franco ( The New York Times )

Por décadas, esforços para melhorar o domínio da matemática têm levado as escolas a adotarem um programa de matemática atrás do outro, abandonando um programa quando ele não funciona e passando para outro supostamente melhor. Nos anos 60, havia a “nova matemática”, cujo foco nas teorias abstratas levou a um movimento de volta ao básico, enfatizando a memorização e exercícios. Depois disso veio a “reforma matemática”, onde o foco na solução de problemas e entendimento conceitual foi ridicularizado pelos críticos como “nova nova matemática”.
“Nosso velho programa, Matemática Diária, não fazia isso”, disse Danielle Santoro, diretora assistente da Escola Pública 132 no Brooklyn, Nova York, que introduziu a matemática de Cingapura no ano passado para todos os 700 alunos da pré-escola até a quinta série. “Um dia era dinheiro, no dia seguinte podia ser tempo, mas você não voltava a esses conceitos até uma semana depois.”
O ritmo mais lento é a base da nova abordagem do distrito para o ensino da matemática, que é baseada no sistema nacional de matemática de Cingapura e visa copiar o sucesso daquele país ao promover o entendimento mais profundo dos números e dos conceitos matemáticos. Os estudantes de Cingapura repetidamente ficam no topo ou próximos dele nos exames internacionais de matemática desde meados dos anos 90.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nomes e Pronomes - Uma análise dos discursos dos Presidenciáveis

      O último debate entre os candidatos à Presidência da República foi realizado ontem, 30, na sede da Rede Globo de Televisão, no Rio de Janeiro.
Foi mais um respeitoso encontro entre os candidatos onde apenas propostas foram debatidas.
Embora as atenções estivessem voltadas evidentemente para essas propostas, a maneira como elas foram apresentadas, chamou-me a atenção.A aplicação de certos pronomes pessoais, por exemplo, demonstrou um pouco da personalidade de cada um dos candidatos.
O candidato do PSOL, Plínio de Arruda, aplicou o pronome "eles", ou seja, apontou o dedo a todo o momento, apresentando os problemas, explicitando a indignação com o capitalismo, com a burguesia, com o tempo, com a água que estava gelada, o cafezinho que não veio na temperatura certa. Durante a campanha, foi o "garoto" sensação, o "fanfarrão" com suas tiradinhas irônicas, propostas absurdas ( como o salário mínimo fixado em R$ 2.000,00 ), etc.
 "O pessimismo é humor; o otimismo é vontade." 
(Émile-Auguste Chartier, "Alain")




A candidata da " Onda Verde", Marina Silva (PV), foi a que usou o pronome "tu"( ou o equivalente você  ), apelando para o sentimentalismo e o insistente "Coitadinha de mim", "só tive oportunidade de me alfabetizar na adolescência", etc. Tentou chamar a atenção, ainda, para a tentativa de um segundo turno entre duas mulheres, usando o "você tem que pedir segundo turno".
"A competência sem autoridade é tão importante como a autoridade sem competência"
 (Gustave Le Bon )




Analisemos, pois, o "tucano" José Serra: esse usou com vontade a primeira pessoa do singular "Eu". Esqueceu-se de sua base, ou sombra, o ex-presidente  Fernando Henrique Cardoso. Frases comuns em sua campanha e debates: "Eu estou preparado", "Eu sei como fazer", "Eu não cai de pára-quedas na vida pública", " Eu vou fazer isso...eu vou fazer aquilo...", enfim, o egocentrismo comum do PSDB. Basta lembrar da política neoliberal do então Presidente Fernando Henrique Cardoso de 1994 a 2002.
"O egoísmo foi sempre a peste da sociedade, e quanto maior, tanto pior foi a condição dela."
 (Giacomo Leopardi)






Por fim, a candidata do Governo Lula e do PT, Dilma Roussef, que sempre preferiu usar o pronome "nós". E foi dessa maneira que se comportou durante toda a campanha. A coletividade, o positivismo e otimismo difundido pela "candidata do Lula" demonstra a mesma visão política do "nosso presidente",  voltada para a população com menor poder aquisitivo, ou seja, nós. Os números apresentados comprovam que vivemos uma nova fase. O que mudou, até mesmo, o discurso do seu maior adversário, José Serra, que prefere usar o "eu vou melhorar o que já existe", sinal de que as coisas estão no caminho certo.

Então, amigos eleitores, domingo é dia de darmos o diagnóstico a todos. O nosso aval àqueles que realmente merecem estar à frente desta grande nação que, apesar do pessimismo de alguns em ver sempre um copo quase vazio e achar que eles ( o governo ) são os culpados e tentarem influenciar você, vamos lembrar que nem eu e nem você podemos nada sozinhos, mas nós, unidos, somos muito mais fortes. Vote e exerça o seu direito com responsabilidade.