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( atualizado semanalmente )

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nomes e Pronomes - Uma análise dos discursos dos Presidenciáveis

      O último debate entre os candidatos à Presidência da República foi realizado ontem, 30, na sede da Rede Globo de Televisão, no Rio de Janeiro.
Foi mais um respeitoso encontro entre os candidatos onde apenas propostas foram debatidas.
Embora as atenções estivessem voltadas evidentemente para essas propostas, a maneira como elas foram apresentadas, chamou-me a atenção.A aplicação de certos pronomes pessoais, por exemplo, demonstrou um pouco da personalidade de cada um dos candidatos.
O candidato do PSOL, Plínio de Arruda, aplicou o pronome "eles", ou seja, apontou o dedo a todo o momento, apresentando os problemas, explicitando a indignação com o capitalismo, com a burguesia, com o tempo, com a água que estava gelada, o cafezinho que não veio na temperatura certa. Durante a campanha, foi o "garoto" sensação, o "fanfarrão" com suas tiradinhas irônicas, propostas absurdas ( como o salário mínimo fixado em R$ 2.000,00 ), etc.
 "O pessimismo é humor; o otimismo é vontade." 
(Émile-Auguste Chartier, "Alain")




A candidata da " Onda Verde", Marina Silva (PV), foi a que usou o pronome "tu"( ou o equivalente você  ), apelando para o sentimentalismo e o insistente "Coitadinha de mim", "só tive oportunidade de me alfabetizar na adolescência", etc. Tentou chamar a atenção, ainda, para a tentativa de um segundo turno entre duas mulheres, usando o "você tem que pedir segundo turno".
"A competência sem autoridade é tão importante como a autoridade sem competência"
 (Gustave Le Bon )




Analisemos, pois, o "tucano" José Serra: esse usou com vontade a primeira pessoa do singular "Eu". Esqueceu-se de sua base, ou sombra, o ex-presidente  Fernando Henrique Cardoso. Frases comuns em sua campanha e debates: "Eu estou preparado", "Eu sei como fazer", "Eu não cai de pára-quedas na vida pública", " Eu vou fazer isso...eu vou fazer aquilo...", enfim, o egocentrismo comum do PSDB. Basta lembrar da política neoliberal do então Presidente Fernando Henrique Cardoso de 1994 a 2002.
"O egoísmo foi sempre a peste da sociedade, e quanto maior, tanto pior foi a condição dela."
 (Giacomo Leopardi)






Por fim, a candidata do Governo Lula e do PT, Dilma Roussef, que sempre preferiu usar o pronome "nós". E foi dessa maneira que se comportou durante toda a campanha. A coletividade, o positivismo e otimismo difundido pela "candidata do Lula" demonstra a mesma visão política do "nosso presidente",  voltada para a população com menor poder aquisitivo, ou seja, nós. Os números apresentados comprovam que vivemos uma nova fase. O que mudou, até mesmo, o discurso do seu maior adversário, José Serra, que prefere usar o "eu vou melhorar o que já existe", sinal de que as coisas estão no caminho certo.

Então, amigos eleitores, domingo é dia de darmos o diagnóstico a todos. O nosso aval àqueles que realmente merecem estar à frente desta grande nação que, apesar do pessimismo de alguns em ver sempre um copo quase vazio e achar que eles ( o governo ) são os culpados e tentarem influenciar você, vamos lembrar que nem eu e nem você podemos nada sozinhos, mas nós, unidos, somos muito mais fortes. Vote e exerça o seu direito com responsabilidade.

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